Economia circular: a França nos mostra como fazer.

Você já conhece economia circular? Talvez nós saibamos de sua existência mais do que praticamos, não é mesmo? Aqui no Brasil parece que ainda andamos a passos mais lentos do que diversos países desenvolvidos no mundo.

Não é novidade que em nosso mercado atual reciclar e trasformar a matéria prima é essencial. Pensando neste cenário hoje a gente vai falar exatamente sobre isso.

Como exemplo temos a França, que sai a frente de vários países em vários requisitos. Uma lei que já existe no país desde 2016 chamada “Loi Anti Gaspillage”, ou no nosso português não tão elegante, a lei antidesperdício. Além disso, a lei visa ressaltar a importância da economia circular.

Mas aí nos perguntamos, mas como é feito isso? Não é tão simples lidar com as grandes indústrias, porque normalmente quando falamos de poder, ela acaba vencendo. Mas a França resolveu agir diante das indústrias, seja de qual setor for, para que não haja mais tanto desperdício.

Mas quem é afetado pela lei da economia circular?

As empresas alimentícias também podem cooperar com e economia circular, não apenas bens de consumo. O que implica em tomar iniciativas quanto aos produtos vencidos, reciclando-as ou doando-as antes de chegar a validade. Esse tipo de mercado foi um dos pioneiros dentro da lei, permitindo que várias pessoas possam obter alimentos. Isso mostra que também uma preocupação social, não apenas ambiental, como pode ver aqui.

lixo

As empresas de comércio eletrônico também entram nessa, aqui os produtos vão precisar ter como principal opção ao estragar um aparelho o conserto e, para que o descarte aconteça vai ser preciso provar que não tem mais concerto meeeesmo. Isso incluí o monitoramento do mercado de grandes marcas como a Amazon.

E um dos grandes poluidores, as chepas, também terão que começar a ter outro destino. As empresas de tabaco serão obrigadas a pagar pelo descarte das bitucas pela cidade – aí quando fala em dinheiro, o bicho pega. Bem, quem sabe assim funcione.

economia circular

Milhões de LIBRAS queimadas todos ano

Como sabemos, o mercado de moda é um dos que mais desperdiça no mundo, são bilhões de LIBRAS – isso aí, e a gente aqui sofrendo com a alta de um dólar – incinerados. Já parou para pensar quanta gente poderia comer ou tratar sua saúde com essa grana toda?

economia circular  - modelo deitada em um lixo da moda
Campanha Stella Mccortney – Marca que tem uma grande preocupação ambiental.

Esse assunto de desperdício têxtil veio à tona principalmente em 2017, quando foi foi revelado que a Burberry queimava peças, acessórios e perfumes não vendidos, chegando a US$ 3.7 milhões em itens destruídos. Já a H&M queimou mais de 60 toneladas de roupas não vendidas. Aquelas marcas caríssimas de acessórios como Cartier e Piaget também destroem os seus relógios que não são vendidos.
Fonte

Na frança, em quantidade física, para você ter uma noção são destruídas cerca de 10.000 a 20.000 milhões de toneladas de produtos têxteis anualmente. O que fazer com eles? Reutilizar os tecidos, doar ou vender por um preço bacana – quem não quer uma Burberry por um precinho supimpa? 😉

Porém, há países que culturalmente influenciam estas atividades nada ecológicas, opostas da economia circular. Nos EUA por exemplo, é preferível o descarte das peças do que pagar uma taxa alfandegária para exportação desses produtos não utilizados. E qual o fim delas? Aterro sanitário ou incineração. O aterro sanitário além de tudo poluí, e muito, o meio ambiente, já que os tecidos tem um longo período para degradação.

Pra finalizar o assunto, vou informar a vocês que o preço que o pessoal vai pagar lá na França com essa lei é de 3 mil a 15 mil eurinhos.

São ações simples que fazem a economia circular acontecer, basta tomarmos consciência disso.

Disponibilizo aqui os detalhes da lei para quem tiver interesse em entender mais sobre.

Agora, a gente pode pensar em fazer nossa parte e evitar os desperdícios. E vamos esperar que a lei de fato funcione e logo esteja vigente também em outros países.

Beijos

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